Carta de Repudio: “A Nossa Luta é todo dia contra o machismo racismo e homofobia”


Carta de Repudio:

“A Nossa Luta é todo dia contra o machismo racismo e homofobia”

O Diretório Acadêmico Conceição Muniz (DACOM), através da atual gestão “Todos Juntos”, está atrelada a Executiva Nacional dos Estudantes de Serviço Social (ENESSO), ao qual compõe coordenação Regional. 
Estas se tratam de entidades que assim como o curso de Serviço Social possuem princípios éticos emancipatórios, tendo a liberdade destacada como valor central, atuamos na busca da construção de uma nova sociedade mais justa e igualitária. Combatemos e defendemos os direitos humanos e sociais, e lutamos de forma intransigente quanto a qualquer tipo de autoritarismo, discriminação, opressão, assédio moral, perseguição política, etc. 
Deste modo frente a esses postulados fazemos por meio deste recurso o repudio em relação aos acontecimentos recentes, que se originam dentro do espaço universitário da UFF Campos. Onde setores ligados ao atual DCE, não mediram palavras opressoras e de baixo escalão, que se reverberaram também no espaço midiático conhecido como facebook. Onde foi exposto um número considerado de irracionalismo e alienação, como: assédio moral, perseguição político-partidária, uso não autorizado da imagem alheia e falsidade ideológica, no bojo das tentativas de descaracterizar a imagem de um militante (Matheus Moraes Santos, aluno do primeiro período de Historia membro da chapa 2 de oposição “Mudar é Possível”) e do seu partido político (Partido Comunista Brasileiro). Partido este o primeiro de esquerda no Brasil que possui uma rica trajetória de lutas em defesa da classe trabalhadora, justamente por possuir postulados radicalmente progressistas que historicamente este partido foi perseguido, combatido, proibido por setores da Direita conservadora e seguimentos reacionários assim como por Governos autoritários (como na ditadura Vargas e na Ditadura militar) atualmente o mesmo ocorreu na UFF Campos, protagonizado pela chapa vencedora do centro acadêmico de historia*. 
Os estudantes de Serviço Social estão problematizando e repudiando essas praticas que assustadoramente ainda se reproduzem, e que não o bastante é acompanhada de uma relativa e estranha apatia do movimento estudantil e dos estudantes em geral. 
Entendemos que enquanto acadêmicos críticos e realmente progressistas, essas praticas deveriam ser combatidas com intransigência, não sendo naturalizada e tampouco relegada ao roll da contraditória neutralidade, pois ser imparcial é fechar os olhos para as injustiças tanto quanto ao desrespeito e a discriminação. 
Sobretudo porque como futuros assistentes sociais procuramos e defendemos uma prática social indissociável da teoria. Teoria esta que compele a negar o apolitismo e o acritismo com um exercício na direção da ampliação da democracia e da liberdade, tanto política, civil, e social. Tornamos público por meio deste instrumento a menção de repudio, já que mais uma vez estamos presenciando condutas sendo reproduzidas e naturalizadas, que no fundo revelam o arbítrio cego de opressões.
Não podemos ser dóceis frente ao exacerbado desrespeito. Ainda mais em tempo de “insurreição das massas”. Onde mais do que nunca urge a necessidade de união da esquerda, de independentes, de movimentos sociais, sindicatos, e trabalhadores em geral. Para se contrapor a tentativa da extrema direita de ser apropriar das reivindicações a seu favor. 
Deste modo a conjuntura atual deflagra a urgência do respeito, para a reorganização de um movimento estudantil realmente sério, forte e organizado. É preciso dizer não!!! Aos ataques e picuinhas segmentárias. 

Esclarecimento aos alunos ingressantes:

Os diretórios acadêmicos, e centros acadêmicos, DCE (Diretório Central dos Estudantes) são entidades representativas do alunado. De modo que mesmo enquanto ingressante, ou não, todos os estudantes tem o direito de pleitear candidaturas sem serem hostilizados, exigir prestação de contas, ter acesso as informações referente ao curso, convocar assembléias etc. E acima de tudo por se tratar de uma instância política ter seus posicionamentos políticos partidários se contrários, salvaguardados.

"Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros."
Che Guevara 

*O Centro Acadêmico de história recebe o nome de Carlos Marighela (comunista e perseguido político).

Nenhum comentário:

Postar um comentário

+ Compartilhar